dimanche 5 septembre 2010

Da Religião

Se se faz abstracção dos sofrimentos psíquicos e físicos, que provoca, desde a angústia do pecado, ao corte do chicote na pele, ou nas perfurações do cilício.
Que resta então, para incitar um homem a cair na dependência da religião, senão a curiosidade que inspira experiências espirituais e êxtases na fé.
É necessário ver nela um elemento mórbido de que é preciso desembaraçarmo-nos a todo o custo?

A irracionalidade e a falta de compreensão do outro, não são senão sintomas, que nos advertem não de problemas ou desarranjos da religião, mas dos homens que a dizem praticar e defender.

1 commentaire:

  1. porque já passa das quarenta e sete
    Já não me apetece explicar o porquê de as árvores serem falsas. Já disse que não são tão fortes quanto aparentam, já disse que são extremamente vulneráveis. São umas pessoazinhas mascaradas. E agora se vais acreditar ou não, é lá contigo. Eu no teu lugar não acreditaria (apesar de ser verdade), precisamente por ser eu a dizer-to. Mas tu já és crescida. Tu já és crescido. Vocês já são todos crescidos; errem então, como vos apetecer. Não quero saber.
    E não, não vou explicar. Não me apetece. Apeteceu-me morrer um bocadinho.
    É isso: se perguntarem por mim, digam que morri.

    P.s.: A felicidade mata. (mas a mim, infelizmente, não)

    pequeno parêntesis XVI
    o hábito faz a indiferença & a indiferença faz o bem estar. e é por isso que te digo que de tanto repetires o mesmo, hás-de roubar o significado às palavras. e palavras sem significado são palavras vazias, extremamente leves, extremamente fáceis de voar ao sabor do vento. e de desaparecer. da mesma forma que me desapareceu o anel do dedo no outro dia. escorregou, caiu ao chão acidentalmente & dei-lhe um chuto involuntário - por esta hora está abandonado numa valeta qualquer ou talvez seja já propriedade de uma pega. existem pegas na cidade? que belas aves que são, não concordas? mas como eu dizia, estás a tornar-te a ti mesmo num hábito e é provável que qualquer dia o vento te leve. também é provável que eu te agarre um pé quando começares a levitar, mas sabes bem que antes de ti me amo a mim, e que quando começar a sentir os músculos dos braços a ceder, a pele a rebentar e os ossos a estalar, te largarei. pelo meu bem-estar. mas sabes? és (quase) tudo. és (quase) um buraco negro, mas és (quase) tudo. e eu adoro isso, juro que adoro. e é por isso que só espero que o Vento Norte não se chateie connosco nos próximos dias. agora apaga a luz, meu anjo. bons sonhos. tic-tac, tic-tac

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